O Clube Audio TT escolheu o passado dia 14 de Maio
para a realização de mais um Passeio, o 3º de 2005 e o 1º Audio TT "Do
Pico de Regalados a Valença do Minho".
Desta vez a escolha do percurso a utilizar foi
assegurada pelo Ruy Machado com a ajuda do Ribas, que conseguiram
encontrar um conjunto muito interessante de trilhos, misturando na
proporção certa zonas com um nível de dificuldade baixo com outras onde
era necessário utilizar as potencialidades das viaturas e as capacidades
dos respectivos condutores.
Com o encontro marcado para o Pico de Regalados, há
hora combinada lá se juntaram as quase 2 dezenas de viaturas e cerca de
40 pessoas. O tempo é que não estava muito agradável, com chuveiros
frequentes e uma temperatura relativamente baixa para a época do ano...
Contudo, e como foi possível verificar ao longo do dia, o tempo menos
bom não seria suficiente para estragar umas horas bem passadas, na
companhia de amigos, a percorrer montes e vales.
A Etapa da manhã, que nos conduziria até Ponte do
Lima, era relativamente rolante, mas incluia mesmo assim uns corta-fogos
de dimensão e inclinação apreciável. São aquelas situações em que,
quando se chega lá, os condutores ( e os penduras… ) pensam sempre : "
Será que vou conseguir subir sem problemas ? "...
A verdade é que todos ( homens e máquinas ) se
portaram muito bem e os desafios foram ultrapassados sem justificar que
me alongue em comentários.
O percurso permitia ainda admirar zonas bastante
interessantes e que só não o foram ainda mais dado o nevoeiro que,
nalguns pontos, condicionou fortemente a visibilidade. Mesmo assim, pelo
que pudemos ver e pelo que tivemos de imaginar, não restam dúvidas que
as zonas percorridas velem bem a pena ser admiradas.
Como também é hábito, a meio da manhã tivemos o
respectivo "reforço", com a novidade de ter sido desta vez dividido em
duas fases... Na verdade, quando todos estavam já a terminar de comer os
tradicionais pães fresquinhos com queijo e fiambre, acompanhados dos
sumos e/ou água, mas ainda antes de se beber o café que poria fim ao
aconchego dos estômagos, uma chuvada (mais uma !) veio obrigar a uma
interrupção brusca. Uns km's mais à frente, aproveitando uma aberta,
fez-se nova paragem para o café que estava em falta.
Já relativamente próximo do final, houve ainda que
ajudar uma viatura a sair de uma posição pouco agradável, para onde
tinha resvalado fruto de uma pequena desatenção do seu condutor.
Estava na hora do almoço e lá rumamos ao restaurante
que já nos aguardava. Relativamente ao almoço, só posso dizer que fiquei
com uma impressão mista... Se é verdade que algumas das coisas
servidas estavam muito boas (como foi o caso dos bolinhos de bacalhau),
outras não passaram da mediania (como, por exemplo, o arroz de
sarrabulho).
As horas iam passando e havia que iniciar a Etapa da
Tarde que, de acordo com o planeado, nos levaria até Valença.
Já estavamos informados que esta Etapa iria ser um
bocado mais exigente... Quero apenas dizer que essa informação estava
completamente correcta !
Continuando a percorrer trilhos bastante
interessantes e zonas indiscutivelmente bonitas, esperavam-nos um
conjunto de 4 ou 5 corta-fogos de respeito...
Todos eles eram razoavelmente dificeis, mas merece
particular destaque um deles. Tratava-se de um corta-fogo bastante
inclinado e longo, com a agravante de logo após 2 ou 3 dezenas de metros
ter uma zona de piso irregular e com um ressalto que fazia com que
houvesse uma grande tendência para provocar cruzamento de eixos, com a
respectiva perca de tracção.
As máquinas mais potentes foram as que tiveram menos
problemas, uma vez que conseguiam chegar à zona mais difícil com
velocidade suficiente para, por inércia, ultrapassar o tal cruzamento de
eixos. As máquinas menos potentes tiveram um pouco mais de
dificuldades mas, com mais ou menos tentativas, lá conseguiram subir.
Mesmo assim houve quem tivesse que realizar mais de meia-dúzia de
tentativas !...
O segundo "ponto quente" tratava-se de um degrau
considerável onde mais uma vez os jipes tinham grande tendência para
cruzar os eixos.
Neste caso, e porque se tratava de uma zona onde
havia já uma alternativa planeada, só uma parte dos participantes tentou
subir. Dos que tentaram, só alguns conseguiram...
No entanto, quer uns quer os outros ( os que
conseguiram subir e os que tentaram mas não conseguiram ) ainda fizeram
umas figuras um pouco acrobáticas.
Com o número de obstáculos e com o "espectáculo" que
eles proporcionaram, o tempo foi passando mais depressa do que o
esperado e quando demos por ela já passava das 19 horas e ainda faltava
um bocado para o fim do Passeio... Uma vez que havia ainda que
fazer uns bons km's para regressar a casa, e depois de consultados os
participantes, resolveu-se terminar o Passeio por ali. O
resto ficará para uma outra oportunidade...
No final a satisfação era geral e notava-se
claramente que o trabalho de preparação efectuado pelo Ruy e pelo Ribas
tinha sido muito bom, agradando o percurso claramente a todos.
Resta esperar pelo próximo Passeio que, se não houver
alguma surpresa, se irá realizar na 1ª quinzena de Julho.
Rui Martins