O convite veio desta vez
do Eduardo Vasconcelos, que preparou um trajecto muito interessante percorrendo
a região do Alto Rabagão.
Com uma pré-concentração
marcada para Braga, os participantes deste Passeio seguiram em caravana até ao
local marcado para o início efectivo de mais este evento, na Venda Nova, junto
ao Motel São Cristóvão.
Com um número de viaturas
a ultrapassar a dezena, foi com pena que vimos o Álvaro Oliveira, acompanhado da
Isabel, ser obrigado a abdicar da participação, uma vez que se encontrava com
alguns problemas de saúde que foram felizmente já ultrapassados.
O início do percurso
levou-nos pela EN 311 até sair em direcção a Pereira e Amiar, que atravessamos,
entrando de seguida nos primeiros trilhos de terra.
Alguns km’s mais adiante
surgiu a 1ª zona um pouco mais complicada. Tratava-se da subida de um
corta-fogo razoavelmente inclinado e com piso um pouco irregular e que provocou
algumas situações um pouco divertidas uma vez que algumas viaturas teimavam em
não querer subir... Veio, mais tarde, a descobrir-se que, por lapso dos seus
condutores, não tinham engrenado a tracção às 4 rodas, o que dificultava
bastante a sua capacidade de progressão...
Mais trilhos percorridos
e, alguns km’s mais à frente, eis-nos chegados a um novo Parque Eólico. Este
tipo de aproveitamento de energia parece estar a tornar-se cada vez mais usual
em Portugal, havendo um incremento muito significativo de unidades deste tipo.
O percurso seguia em
direcção a Alturas do Barroso e ao Alto da Armada, onde foi feita uma paragem
mais prolongada de modo a admirar de modo mais atento a magnífica paisagem que
se nos oferecia.
Este foi, também, o
momento escolhido pelo Zé Luis para nos fazer a 1ª surpresa... Um óptimo vinho
generoso da Meda, acompanhado por uns figos secos e umas amêndoas que não
deixaram ninguém indiferente !
Foi também a zona
escolhida para tentar uma “intervenção mecânica de recurso”, que infelizmente
não surtiu os efeitos desejados, uma vez que o “hibrido” Cherokee / Patrol
apresentava “problemas de entendimento” entre algumas das sua partes....
A 2ª zona mais complicada
estava próximo... Desta vez tratava-se de um trilho com piso bastante duro e
bastante irregular, a que se juntavam as muitas pedras que o povoavam.
Aqui a caravana dividiu-se
e as viaturas menos preparadas para enfrentar zonas mais trialeiras seguiram
pelo trilho “normal” enquanto os mais “aventureiros” (os que dispunham de
viaturas mais apropriadas) resolveram enfrentar e ultrapassar o caminho mais
difícil.
O Passeio continuava a
decorrer de modo a provocar a satisfação de todos, fazendo-nos descobrir as
muitas belezas desta região que merece, sem dúvida, ser conhecida.
Chegados a Lavradas, eis
que nova surpresa nos aguarda.... Desta vez trata-se de obras que impedem que
se siga o percurso que estava programado... Bem, há que encontrar alternativa
e, com a proverbial capacidade de “desenrasca” que nos caracteriza, juntamente
com algumas úteis informações dadas pelas gentes da aldeia, lá acabamos por
andar a percorrer as bordas de um campo de centeio, de modo a retomar a direcção
pretendida...
Acabamos por não seguir
rigorosamente os trilhos que estavam previstos, mas mesmo assim sempre
conseguimos chegar às Termas de Carvalhelhos e logo depois ao Parque de Merendas
onde se realizou o almoço.
Do almoço, muito haveria a
dizer... Contudo, limitar-me-ei a salientar que os “requintes” continuam a
aumentar ! Já não é só as mesas, mas também tudo o resto que continua a
tornar-se cada vez mais próximo de uma refeição verdadeiramente especial...
Desta vez já houve Espumante, servido como não podia deixar de ser nas
apropriadas “flute” de vidro e até umas “moelinhas” acabadas de preparar na hora
e que estavam deliciosas. Esta foi, aliás, a 2ª surpresa do Zé Luis !
Surpresas destas, toda a
gente gosta de ter !
A outra surpresa, esta
muito menos agradável, foi a “perda” de mais uma viatura com os respectivos
tripulantes. Na verdade o tal “Cherotrol” (junção de Cherokee com Patrol )
continuava a apresentar graves problemas de “entendimento” entre as partes e a
melhor solução foi o regresso antecipado a casa...
A tarde levar-nos-ia até
Montalegre, mas se não foi pelo caminho mais curto e mais fácil, foi seguramente
por um dos mais interessantes.
Depois de andarmos junto
ao Rio Beça, lá fomos seguindo uma série de trilhos que nos haviam de levar ao
Alto de São Domingos, local privilegiado para admirar mais uma vez as magníficas
paisagens desta região.
Após a descida até Morgade,
o percurso seguia em direcção a Firvidas, mais uma das várias aldeias bastante
interessantes que fomos atravessando.
Nova subida até ao topo de
um dos montes e nova paragem para apreciar a zona... Mais umas centenas de
metros e novo “desafio”... Desta vez é mais um corta-fogo, bastante íngreme e
com piso um bocado duro. Estão reunidas as condições para mais um “teste” às
máquinas e aos seus condutores... Os resultados da “prova” são claramente
positivos, não havendo “chumbos” a registar !
Montalegre já não está
longe, mas ainda antes de lhe fazer uma visita, fomos apreciar esta Vila a
partir de um miradouro privilegiado que se encontra num dos montes que a rodeia.
E, já que continuávamos a
tentar conhecer melhor esta região, não podíamos deixar de fazer uma visita ao
Alto do Facho, mais um dos vários pontos de onde se podem desfrutar de vistas
particularmente interessantes.
O dia começava a chegar ao
fim, mas antes ainda percorremos mais uns trilhos, um dos quais veio trazer mais
uma zona bastante dura e que exigiu algum empenho acrescido para ser
ultrapassada.
Seguiu-se uma visita à
Capela da Senhora da Vila de Abril, uma passagem pela Barragem do Alto Cávado e
a chegada a Montalegre onde terminava o Passeio.
O dia tinha sido muito bem
passado e a satisfação era patente na cara de todos os participantes, que
reconheciam sem qualquer margem para dúvida que o Eduardo Vasconcelos estava de
parabéns ao ter preparado um excelente Passeio como o que tínhamos acabado de
realizar.
Para terminar da melhor
maneira, estava ainda previsto mais um dos famosos jantares d’ ”Os Caragos”.
Infelizmente, por razões de ordem particular, nem todos puderam ficar para
jantar, mas as 15 pessoas que o fizeram aproveitaram para continuar a fazer
questão de aprofundar da melhor forma os laços que cada vez mais vão unindo os
membros do Núcleo do Norte.
Para finalizar, em termos
pessoais, não posso deixar de agradecer ao Eduardo Vasconcelos o convite para um
Passeio tão agradável e a todos os participantes a magnífica companhia que
souberam sempre ser e que contribuiu de uma forma muito importante para tornar o
dia ainda mais interessante.